domingo, 14 de fevereiro de 2016

Relato de um Solitário.
Há silêncio no rádio. Aqui dentro só eu. Paredes que antes me sufocavam, agora se distanciam de mim. Meus passos no piso do corredor e depois só silêncio. Ligo o rádio e nem estática. Silêncio apenas. Percebo que todos se foram. Não há ninguém lá fora. Agora sou uma ilha e tudo em volta é apenas oceano. Como sou pequeno. O mundo tá estranho e minha cabeça doí. Há muito não há som. E agora a noite chega e junto vem o frio. Então, cobertor. Envolto em panos vou até a rua e tá deserta. Não há som e mesmo as cores já não são vibrantes. E os carros parados na rua aos tantos, como se esperassem por seus donos que não voltaram. Todos se foram.
Outra vez no interior da casa e já é madrugada. Tento o rádio outra vez e silêncio. O mundo tá vazio. Todos foram e eu fiquei. Lembro da minha pequena, lembro do sorriso. Agora porém, não há sorriso, não há som, não há cores. Meus passos agora não se apressam, não há lugar pra ir. Não há pessoas pra encontrar. Novo dia. Café e silêncio. Ligo o rádio nem estática. Não há ninguém lá fora. Sempre gostei de música. Mas, não tenho ânimo ao menos para assoviar a velha canção. O mundo tá deserto e eu to perdido no interno vaco silencioso da minha isolada existência. Antes o mundo era pequeno. Agora me vejo perdido em metros de sala e quilômetros me assustam. Caminho alguns quilômetros. Não há ninguém. O silencio impera. Já não ouço meus passos. Não há som. Agora caminho como uma sombra em um mundo fantasma.
Wanderley Silva Lima.
14/02/2016

sábado, 6 de fevereiro de 2016

A de Amor.

O “A” é sempre de amor. Menos se for o “A” de avião, por que existe!

Uma coisa que vai permanecer é o “D” de dado. Ah não ser que seja “D” de dedo.

Parece que no decorrer do aprendizado vejo que mudaram tudo que me ensinaram ser o certo.
 Eu cresci com um monte de verdades absolutas universais.

Sabe a máxima de que os adultos sabem tudo? Era lei geral e base de todas as leis do meu universo.

Outra coisa importante era que se pode jamais “agourar” a mãe de formas bizarras como virando a sandália e semelhantes.

Acho agora que “A” nem sempre é de Amor. Pode sim ser de artrite, artesão, Atenas, e sim, pode ser de amor.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Carnaval? Não! Eu não sei porque se fará carnaval esse ano, bem como não entendo desde sempre.
Carnaval em Veneza, tudo certo, acho que em Veneza não tem nem mendigo.
Carnaval no Brasil em 2016? pra que? O que esta bom nesse país, nessa gestão?
Desempregado vai farrear, e o mundo vai ver que o Brasil é o país das pessoas semi analfabetas, pobres e lesadas pelo governo mais feliz do mundo!
Os Brasileiro postaram um monte de criticas o ano de 2014 e 2015, mas claro vamos começar a protestar depois do carnaval.
Então devemos fazer o carnaval o ano todo. Assim ninguém se manifesta contra governo ou falta de. Ah Brasil onde esta a consciência coletiva? Triste ver como se esquece das tuas prioridades e prioriza o carnaval!
Vou chorar todos os dias de carnaval, ficarei recluso das ruas.
Da minha parte não haverá euforia e o mundo saberá que não esqueço das minhas crenças e convicções nem mesmo no carnaval.
As minhas alegrias são as vivencias cotidianas com os meus iguais,
Não trago lembranças de carnavais. Não quero esse unguento viscoso sobre a minha ferida. Deixa a ferida exposta e que se possa tirar da ferida uma lição de vida.
Vou sorrir, cantar e brincar com as crianças e velhos em um reduto recluso, enquanto os comuns serão felizes por uma semana na maior festa da cultura brasileira, "o carnaval". Depois continuarei a fazer minhas firulas e todo o país retomará a vida normal.
Manoel WSL. Parauapebas, Pará, 01/02/2016

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